A autoavaliação é um processo essencial nos Programas de Pós-Graduação (PPG), permitindo o monitoramento contínuo da qualidade acadêmica, científica e administrativa. Por meio desse processo, é possível identificar pontos fortes, desafios e oportunidades de melhoria, garantindo alinhamento com as diretrizes da CAPES e promovendo o aprimoramento das metas institucionais.
A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) prioriza a excelência no ensino, implementando um sistema de avaliação contínuo e rigoroso, alinhado às diretrizes nacionais. Desde a criação do Programa de Avaliação Institucional em 1993, a Univali tem aprimorado suas práticas, especialmente após a instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) em 2004.
Desde 1994, a Univali realiza pesquisas de avaliação institucional, abrangendo alunos e professores da educação básica, da graduação e da pós-graduação. Essas pesquisas utilizam diversas metodologias para avaliar indicadores relacionados ao contexto institucional.
A importância da autoavaliação foi reforçada pela Portaria CAPES nº 148/2018, que instituiu a missão de implementar uma sistemática de autoavaliação nos programas de pós-graduação, tornando esse processo um instrumento relevante para a avaliação realizada pela CAPES.
A avaliação da pós-graduação é integrada às iniciativas da Univali, sob a coordenação da CPA e da Vice-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão. Desde 2021, a CPA tem desenvolvido instrumentos específicos para a autoavaliação dos cursos de pósgraduação.
A Comissão Própria de Avaliação (CPA) desempenha um papel fundamental nesse processo, conduzindo avaliações internas e fornecendo dados ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Univali segue as orientações da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e os princípios da autoavaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), adaptando-os aos programas de pós-graduação.
Constituída por representantes de todos os segmentos da comunidade universitária – corpo docente, discente e técnico-administrativo, além da sociedade civil – a CPA da UNIVALI passou por uma reorganização estrutural ao longo dos anos. Inicialmente, manteve um único comitê no campus sede, até dezembro de 2016, quando teve seu regulamento alterado. Posteriormente, em 21 de maio de 2018, a Resolução nº 056 do Conselho Universitário instituiu um novo marco regulatório, estabelecendo a seguinte estrutura para a CPA da UNIVALI:
Comitê Central – localizado no campus Professor Edison Villela, em Itajaí
Comitê Regional dos Campi de Balneário Camboriú e Tijucas
Comitê Regional dos Campi da Grande Florianópolis
A estrutura da CPA se completa com o apoio da equipe técnica e secretaria. Essa organização visa fortalecer o processo de autoavaliação e garantir maior representatividade das diversas unidades acadêmicas da Universidade.
A autoavaliação, conduzida pela CPA, abrange diversas dimensões dos programas de
pós-graduação, incluindo a formação, a produção científica, a internacionalização e o
impacto social. O objetivo é identificar áreas de melhoria e aprimorar a qualidade dos
programas. Os objetivos específicosincluem: monitorar a qualidade do ensino, pesquisa,
internacionalização, impacto social e gestão do PPG; identificar qualidades, desafios e
oportunidades de melhoria; avaliar o impacto econômico e social do programa; integrar
a autoavaliação às demais iniciativas avaliativas institucionais; estimular novas ideias e
soluções para fortalecer a integração entre as linhas de pesquisa; e incorporar os
resultados da autoavaliação na busca por alternativas que ampliem a relevância e a
inserção do PPG na sociedade.
A pesquisa de autoavaliação é realizada por meio de formulários específicos enviados
para alunos, egressos e professores. O questionário permanece disponível para
preenchimento por um período de 30 a 45 dias.
A autoavaliação envolve a consulta à comunidade acadêmica do PPG (docentes,
discentes e egressos), por meio de formulários específicos e da análise de dados
institucionais. Os questionários são estruturados da seguinte forma:
Discentes – avaliação da percepção dos alunos sobre a pesquisa desenvolvida,
disciplinas ofertadas, projetos em andamento e áreas de melhoria
Docentes – análise da percepção dos professores sobre as atividades do PPG,
além da identificação de aspectos a serem aprimorados
Egressos – levantamento dos impactos da formação acadêmica na trajetória
profissional, gerando indicadores para decisões estratégicas no curto, médio e
longo prazo.
Além desses instrumentos de autoavaliação, o PPGC realiza anualmente uma reflexão
crítica e registra na plataforma Sucupira seus pontos fortes e aspectos a serem
aprimorados, considerando também os pareceres recebidos nas avaliações quadrienais
da CAPES. Esse processo consolidado permite a implementação de ações estratégicas
para o desenvolvimento contínuo do Programa, garantindo sua evolução e alinhamento
com as demandas da pós-graduação no Brasil.
Esse processo consolidado permite a implementação de ações estratégicas para o
desenvolvimento contínuo dos PPGs, garantindo sua evolução e alinhamento com as
demandas da pós-graduação no Brasil.
Após o encerramento, a análise dos dados é conduzida pela equipe da Vice-Reitoria de
Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, que disponibiliza os resultados conforme o público-alvo:
Gestores – acesso via sistema de Business Intelligence;
Professores – apresentação nas reuniões de início de semestre, momento em que
é realizado o planejamento de ações de melhoria para os próximos semestres;
Alunos – divulgação por meio de banners, vídeos, cartazes e fóruns específicos
por programa.
Os resultados são analisados em um balanço crítico (que destaca os pontos fortes e
fracos da Instituição) e compartilhados com os coordenadores dos programas para que
implementem ações de melhoria. Todos os relatórios são analisados para identificar
potencialidades e fragilidades, visando aprimorar a produção intelectual e técnica, a
inovação e o impacto social dos programas.
Com os resultados, a CPA se volta à análise desse conteúdo para a elaboração dos
relatórios. O exame e a discussão dos resultados da autoavaliação possibilitam
identificar os pontos positivos da atuação da Universidade nos seguintes eixos:
Planejamento Institucional
Desenvolvimento Institucional
Políticas Acadêmicas
Políticas de Gestão
Estrutura Física
Além de destacar esses aspectos, conforme determina o instrumento legal, o processo
permite identificar pontos que demandam revisão e/ou ação corretiva por parte da
Gestão Superior, promovendo melhorias contínuas.