Os caminhos até o setor naval


por Univali | 15/10/2015

Cassio Semann Kim, formado em Tecnologia em Construção Naval, trabalha hoje como designer projetista na maior empresa do mundo na área de construção e reparo naval, a Keppel Singmarine Brasil, no estaleiro de Navegantes, que é uma subsidiária do grupo Keppel Corporation, de Cingapura. A conquista é fruto de muita dedicação, desde cedo. Cássio sempre estudou em escola pública, fez a faculdade com auxílio de bolsa do Prouni, e no final da graduação foi destacado com o Mérito Estudantil.

 

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Ele conta que fazer parte da equipe de uma empresa tão conceituada é muito satisfatório, no entanto, para chegar lá foi necessário preparo e qualificação, e que a Univali lhe conferiu diferencial no currículo.  “Apesar de este setor ser considerado estratégico para o Brasil, a Univali é uma das poucas universidades do país que oferece um curso voltado especificamente para esta finalidade” frisa.

O jovem, que sempre teve interesse pela área naval, tomou a decisão de fazer o curso superior após o anúncio do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Profam). “Na época, o governo previa a construção de mais de 140 embarcações entre 2008 e 2016, que beneficiaria também o desenvolvimento regional de Itajaí e Navegantes, e isso me deixou super empolgado”, afirma.

Depois de matriculado, em 2009, Cassio se dedicou totalmente aos estudos, fez curso de inglês, curso de soldador de estruturas navais, foi estagiário do Laboratório de Construção Naval da Univali, em 2010, e ainda atuou como monitor no Laboratório de Projetos Navais, em 2011. E assim que entrou na Keppel Singmarine Brasil, em 2012, teve a oportunidade de fazer um curso de Arquitetura Naval na Ngee Ann Polytechnic, em Cingapura.

“Para entrar na Keppel, passei por um processo de seleção bem rigoroso. Eu ainda estava no curso e havia me inscrito pelo Banco de Talentos e enviado meu currículo. Dias depois me pediram o currículo em inglês e disseram que um dos diretores do grupo estaria na cidade e faria a entrevista pessoalmente. Como a empresa é estrangeira, a entrevista foi toda feita em inglês, e como se não fosse o suficiente, durante a conversa o diretor estava com meu histórico escolar em mãos”, conta. Cassio teve que explicar um pouco sobre o que aprendeu em cada matéria desde o inicio do curso, fora as perguntas de conhecimentos gerais. “Foram horas de entrevista, mas eu sobrevivi” brinca.

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Em Cingapura, o egresso passou por diversas situações de adaptação, principalmente em relação à língua. “Além do choque cultural, por estar num país asiático e de primeiro mundo, sofri com a questão da língua. Mesmo sendo fluente em inglês, que é a língua oficial de lá, existem muitos sotaques dos imigrantes e isso me confundia um pouco. A comida deles também era muito diferente, bem apimentada”, salienta.

Hoje, Cassio continua se dedicando à carreira e se especializando, faz MBA em Gerenciamento de Projetos, também pela Univali, e pretende cursar especialização em Engenharia de Produção. Para ele, dedicação e atualização constante são os segredos para alcançar os objetivos. “Muitas e muitas vezes eu deixei de sair com meus colegas para poder estudar. Acredito que para conseguirmos algumas coisas, precisamos abrir mão de outras e buscar qualificação nunca é demais”, enfatiza.

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