Jovem engenheiro constrói uma das maiores obras do país


por Univali | 16/06/2015

 O jovem engenheiro civil, Márcio Henrique Origa, é quem dá as coordenadas a cerca de 3.500 trabalhadores que levantam a barragem da usina hidrelétrica de Santo Antônio, que está sendo construída na cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia.

Formado no curso de Engenharia Civil da Univali, Márcio trabalha em uma das maiores construtoras do Brasil, a Odebrecht, como engenheiro responsável pelo Programa de Obras Civis do Leito do Rio, na mega obra, que será a sexta maior hidrelétrica do Brasil e ajudará a suprir o abastecimento de energia do país.

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Curiosamente, Márcio nasceu na cidade de Porto Velho, no período em que sua família trabalhava na construção da usina hidrelética de Samuel. Cresceu mudando-se constantemente, de obra em obra, por Caldas Novas, no estado de Goiás, e tendo passado boa parte da vida no continente africano, nas cidades de Luanda, Angola, em Mutare, no Zimbábue, em Chimoio, Moçambique, e na capital da África do Sul, Johanesburgo.

Como boa parte dos meninos brasileiros, sonhava em ser jogador de futebol, e passou toda sua adolescência nos campos. Jogou no São Paulo, no Pretoria, da África do Sul, no Vitória, da Bahia, e chegou a treinar na Suécia. Quando voltou ao Brasil, em 2007, resolveu traçar novos rumos e começar a faculdade de Engenharia Civil, na Univali.

As “aulas domésticas” dadas pela mãe, formada em desenho técnico, e pelo pai engenheiro, o direcionaram para a profissão. “Durante toda minha infância tive essa referência muito forte do meu pai. Ele sempre teve o sonho de ser professor, se realizava nos ensinando matemática, e daí surgiu a minha grande admiração pela área de exatas. Era um momento que eu tinha para estar sozinho com o meu pai, que trabalhava o dia inteiro”, relembra.

Favorecido por sua personalidade cativante, extremamente comunicativo, assim que  entrou  no curso de Engenharia Civil, Márcio se tornou líder de turma. No quarto semestre começou monitoria com o professor Andriei José Beber, da disciplina de estruturas. No sétimo foi convidado para ser representante dos acadêmicos no colegiado do curso. “Isso fez com que eu me aproximasse mais de todos os professores e acompanhasse de perto todo o envolvimento deles para fazer esse curso chegar onde está hoje”, comenta.

Foi na universidade que Márcio lançou as sementes que lhe renderam o cargo na Odebrecht. “Durante a faculdade, sempre fiz estágios de férias. Tinha um conhecido que trabalhava na empresa Engevix e de tanto eu pedir um estágio, conseguiu me mandar para Porto Velho, em janeiro de 2010”, relata. A oportunidade se repetiu mais  três vezes, por três empresas diferentes: Santo Antonio Energia, Furnas, e por último, Odebrecht.

“Devido à grandiosidade da obra, os serviços são bem setorizados, e desde o inicio tive a oportunidade de estar na produção, inicialmente na terra e rocha, e depois nas obras civis, setor que permaneço até hoje”, conta. O estágio representou o trampolim para a contratação definitiva, que ocorreu logo após a conclusão do curso.

Equipe que lidera a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho. Foto: arq. pessoal.

Hoje, Márcio atua na gestão da produção, no planejamento (estudos detalhados), controle de custos, controle de insumos e equipamentos, técnicas construtivas e liderança de equipes multidisciplinares. No dia a dia, lidera dois engenheiros trainees que ficam 100% em campo, direciona as equipes para atividades planejadas e mantém o programa de obra, que segundo ele, é muito dinâmica, com prioridades que mudam muito rápido.

Porém, a dedicação e a entrega ao trabalho proporcionam um forte vínculo do “time” envolvido na obra. “Temos um ambiente ótimo, pois a vida afastada das nossas famílias acaba nos aproximando como profissionais e amigos. Precisamos nos ajudar em tudo, somente assim conseguimos preencher os vazios dos amigos e familiares que estão longe”, diz.

E para além do seu papel de engenheiro, das vivências no futebol, ou sua vida como “cidadão do mundo”, o egresso entende que “construir” é algo que se dá no coletivo e persegue obstinadamente o conhecimento que é gerado com a troca de experiências. “O engenheiro de produção tem que ter a facilidade de liderar pessoas e também a humildade de escutar todos os envolvidos, desde o seu líder até o ajudante. Todos têm algo para acrescentar”, destaca.

 

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