Após um acidente de caminhão, que quase lhe tirou a vida em 2003, Antônio Alcenir Pagno superou os próprios limites para se formar em Educação Física, na Univali, e ainda, se tornar um paratleta de destaque. “As melhores conquistas foram depois do acidente. Foi apenas uma readaptação”, conta o egresso.
A paraplegia, que impossibilitou os movimentos das pernas, mudou os rumos da vida de Antônio. O esporte surgiu como alternativa para uma vida mais saudável e socialização, e aos poucos, se tornou atividade principal. Atualmente, ele treina quatro horas por dia, com a meta de se classificar para os Jogos Paraolímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016.
Natural do Paraná, Antônio começou nos esportes por meio do basquete, depois experimentou o handebol, que segundo ele, é uma de suas paixões, e motivo pelo qual mudou-se para Itajaí. Recebeu o convite para jogar no Clube Roda Solta, composto por paratletas itajaienses, e a visibilidade lhe rendeu escalação na Seleção Brasileira de Handebol.
Além do handebol, sua dedicação no momento, focada no sonho olímpico, também está voltada para o arremesso de peso e lançamento de disco e dardo. Aos 45 anos, e com uma invejável força de vontade, Antônio encara as competições com seriedade.
No handebol de cadeirantes já conquistou títulos importantes. Foi tricampeão catarinense, bicampeão nacional, vice-campeão Sul-Americano e campeão mundial, este último, com um gostinho a mais: “Ganhamos da Argentina”, sorri. Este ano, estreou no paraciclismo, na 2ª Copa Santa Catarina.
Antônio veste a camisa do paradesporto. Além de paratleta, assume compromisso como vice-presidente da Federação Catarinense de Frescobol, é coordenador técnico do Clube Roda Solta e é representante do colegiado do curso de Licenciatura em Educação Física na Univali, que ele está cursando para complementar sua formação no bacharelado, para futuramente, tornar-se professor.