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Situação financeira da Univali é pauta de reunião da ACII

Representantes da Instituição foram convidados para esclarecer e desmentir boatos sobre suposta crise


por Wagner José Mezoni | 09/11/2017

Itajaí - Mário Cesar dos Santos, reitor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e presidente da Fundação Univali, esteve na noite de quarta-feira, 8, em reunião extraordinária, organizada pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII), para tratar de assuntos relativos à gestão financeira da Instituição.


O convite surgiu por conta da veiculação de notícias relacionadas com o anúncio, no final de outubro, da avaliação, por parte da Fundação, de tomada usual de empréstimo no valor de R$50 milhões. Estiveram presentes ao encontro os três vice-reitores, diretores e gestores de área da Univali, além de vereadores, empresários e representantes de entidades do município.  O presidente da ACII, Eclésio da Silva, abriu o evento falando de seu convite para ajudar a Univali a esclarecer e desmentir boatos sobre a suposta crise financeira na Universidade.

Mário Cesar iniciou sua fala agradecendo a oportunidade e esclarecendo que a iniciativa de apresentação de contextualização e retrospecto histórico para esclarecimento da situação financeira e administrativa da Universidade não se trata de uma comparação entre gestões, mas da demonstração da evolução de sua saúde financeira ao longo do tempo: "Esse é um cuidado necessário para com a imagem da Instituição, que acaba sendo denegrida com a proliferação de notícias falsas", pontuou.

Ele contextualizou a qualificação da Universidade como entidade pública de caráter privado, sua governança institucional e seu processo de decisões colegiadas. Informou que todas as contas da Instituição são aprovadas pelo Ministério Público (MP) e todo o processo educacional avaliado pelo Ministério da Educação (MEC). Por fim, agradeceu o apoio e compreensão dos gestores do município por meio do reconhecimento de que a anunciada tomada de empréstimo, diferentemente do apontado em veículos de comunicação, trata-se de uma situação de gestão, e não de uma crise financeira.

Renato Osvaldo Bretzke, diretor administrativo da Instituição, usou o espaço para informar que a Fundação está em dia com todos seus fornecedores e colaboradores e esclarecer que todas as organizações de igual porte realizam processos rotineiros de tomadas de empréstimos de curto e longo prazo: “Isso vem historicamente ocorrendo, inclusive na Univali, e é fruto de estratégia de planejamento financeiro”, reforça.


O diretor apontou, ainda, que os governos estadual e federal acumulam com a Universidade uma dívida de R$25 milhões referentes a atrasos em repasses de valores de bolsas de estudos: "A maior parte do débito é do Fies. Há também valores referente ao repasse do artigo 170 e do Fundosocial, do Governo Estadual. Todos são referentes a bolsas e financiamento estudantil de alunos que cursaram normalmente neste ano. A expectativa, no entanto, é de que parte desse recurso seja pago até a sexta-feira, 10", aponta.

Ele tranquilizou, ainda, os alunos bolsistas para o fato de que a questão da falta de repasses de valores de bolsas está restrita à relação entre governos e a Univali: "A Instituição garantirá o atendimento de todos os alunos. E, de nenhuma forma, os alunos bolsistas serão afetados pela falta de repasse de verbas ", garante.

Para atravessar o período, a Fundação controlou gastos, reduziu investimentos e está buscando o citado complemento de caixa com financiamento bancário. Com ele serão feitas a cobertura de despesas com a folha, por ocasião do pagamento de férias e 13º, e a transferência de empréstimos de curto para longo prazo. "Isso garante a tranquilidade institucional de que, independentemente de turbulências que possam ser enfrentadas por diversidades econômicas, todos os colaboradores e fornecedores da Instituição continuem sendo pagos em dia", resume Renato.

Como parte da demonstração de contexto, Renato apresentou dados sobre a queda de matrículas que chega a 12% no Brasil e em 13% na região Sul: "Na Univali esse percentual está em 2%. Um valor que afeta as contas e precisa ser considerado, mas que fica muito abaixo da realidade do mercado do ensino, e com previsão de recuperação para 2018", demonstra.

Renato apresentou, também, um quadro de indicadores de recursos humanos da Instituição, o principal custo da Universidade, com percentuais de colaboradores por faixas de salários: "Queremos preservar a privacidade de nossos colaboradores e, por isso, a Instituição não divulgará salários individualmente, mas acho importante aproveitarmos o momento para esclarecer que os salários milionários apontados em matérias de jornais não existem e que os reais estão muito abaixo dos especulados. Abaixo, inclusive dos recebidos em funções semelhantes em instituições de menor porte", conclui.

A apresentação completa realizada durante a reunião da ACII pode ser vista no vídeo abaixo:


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