Balneário Piçarras - Pesquisadores do Museu Oceanográfico Univali, mantido pela Fundação Universidade do Vale do Itajaí apresentaram, nesta semana, uma mandíbula de um mastodonte da espécie Stegomastodon waringi. Os indivíduos dessa espécie tinham aproximadamente cinco metros de comprimento, pesavam 3,5 toneladas e atingiam 2,5 metros de altura.
Material encontrado em Sombrio, antes do tratamento de restauro realizado pela equipe do Museu Oceanográfico Univali
De acordo com o professor e coordenador dos museus da Univali, Jules Soto, trata-se da metade esquerda da mandíbula de um exemplar macho adulto, ainda com o grande dente molar permanente.
Segundo o pesquisador, os fósseis desta espécie são raros em Santa Catarina, sendo mais comuns registros no Sul do Rio Grande do Sul. "Era uma espécie bastante semelhante aos atuais elefantes e vivia exclusivamente na América do Sul, fazendo parte dos conhecidos animais gigantes da Era do Gelo”.
Fóssil é a primeira mandíbula da espécie encontrada em Santa Catarina
Estes animais conviveram com os primeiros homens que habitaram o Brasil e há indícios de que tenham sido caçados, como observado em um espécime encontrado na região dos Andes.
Espécie encontrada tinha cinco metros de comprimento, pesava cerca de 3,5 toneladas e atingia 2,5 metros de altura
Soto explica que na época que este indivíduo viveu, há cerca de 30 mil anos, o mar estava abaixo desta linha de costa, pois foi justamente quando houve a chamada última transgressão marinha, quando o mar foi invadindo o continente devido o derretimento das calotas de gelo.
A mandíbula foi encontrada durante pesca de arrasto, a cerca de 23 metros de profundidade ao largo da costa do município de Sombrio, no sul de Santa Catarina, no fim do mês de março.
Outras informações: (47) 3261-1287, com o Museu Oceanográfico Univali.