Balneário Camboriú - Quem pensa que há idade limite para aprender está muito enganado! Os alunos e voluntários do projeto de extensão Mais e Melhor Idade, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), no Campus Balneário Camboriú, participam de encontros semanais que ocupam a mente e o corpo, com atividades que proporcionam satisfação, desenvolvem a comunicação e estimulam o convívio e a vontade de viver.
As aulas do curso ocorrem nas segundas e nas quartas-feiras, das 14h às 17h, ministradas pelas professoras Ceili Borba Furtado e Deise Baixo Duarte Furtado, com o total de 80 alunas, divididas em duas turmas. Além disso, nas terças-feiras, nos períodos matutino e vespertino, um grupo de cerca de 25 pessoas formado por ex-alunas e alunas voluntárias reúne-se para produzir materiais feitos a partir da reciclagem investigativa. As produções são doadas a entidades da região e expostas para comercialização em um bazar que acontece toda segunda quarta-feira do mês, no Campus BC.
Já é o terceiro ano que Maria Elizabet Dal Col Simão, 66 anos, participa do curso de extensão. A gaúcha mora em Balneário Camboriú faz dez anos e diz que foi na Univali que aumentou o círculo de amizades e o repertório cultural: "Conheci muitos lugares com o grupo, diversas cidades de Santa Catarina e até outros países. Temos a oportunidade de fazer as viagens em grupo e aprender muito, de forma leve", comenta.
A professora Ceili, que coordena o projeto, salienta que a região em que o projeto está sediado é um celeiro de pessoas com mais de 50 anos. Ela ressalta que muitos dessa geração não tiveram acesso ao conhecimento e alguns receberam uma formação muito formal. Por isso, o trabalho desenvolve-se por meio de atividades teóricas e práticas, com estímulo ao trabalho de campo em espaços e equipamentos de lazer com base cultural, em saúde e qualidade de vida, além de ativar ações de filantropia e de voluntariado voltado para a arte-educação.
"A nossa geração é forte e obstinada, digo isso porque também estou inclusa nesta faixa etária. Temos muito a resgatar, abrimos a cabeça para o mundo, à luz de um conhecimento universal, que é construído em nossos encontros. Já o trabalho voluntário não beneficia apenas quem o recebe, mas principalmente quem se doa", analisa a coordenadora.
Maria da Graça Souza, 63 anos, ex-aluna que atua como voluntária no projeto desde que a proposta iniciou, há 12 anos, conta: "No meu prédio sou conhecida como a Rainha da Sucata, porque todo mundo guarda coisas para eu trazer para cá, já embuti na cabeça das pessoas que ajudar o próximo é o que há de melhor".
Encontro de gerações
No projeto, acadêmicos têm a oportunidade de estarem em contato com pessoas de outras gerações. É o caso de Maria Eduarda de Menezes Alvin, acadêmica de Design de Moda. Ela é estagiária, mas conheceu a proposta na época em que sua irmã era bolsista, há três anos, e desde então, não se afastou mais do grupo. "Além de me fazer crescer profissionalmente, sinto que há um desenvolvimento pessoal, pois criamos vínculos e conhecemos a realidade das entidades que auxiliamos, focadas principalmente em crianças e idosos", explica.
Como participar?
As inscrições para o "Mais e Melhor Idade" abrem no início de cada semestre, em
www.univali.br/cursosextensao, ou de forma presencial, no Setor de Atividades da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, localizado na sala 204, do bloco 7, Campus Balneário Camboriú, em horário comercial.
Mais informações: (47) 3261-1262, no Setor de Atividades da Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura.