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Estudo utiliza sensoriamento remoto para gestão e conservação de baleias

Pesquisa é voltada para monitoramento da espécie baleias francas


por Wesley Martins | 09/10/2020

Itajaí - Um estudo realizado pela aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Audrey Amorim Corrêa, com a orientação do professor André Barreto e colaboração de João Henrique Quoos, docente no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), utiliza a técnica de sensoriamento remoto como ferramenta para gestão e conservação de baleias, mamíferos marinhos da ordem dos “cetáceos”, no Oceano Atlântico Sul Ocidental.

“O artigo sugere a viabilidade do uso de imagens de satélite para identificar baleias francas em seu habitat. Embora outros trabalhos tenham utilizado a mesma metodologia com grandes baleias, até onde sabemos, este é o primeiro que compara dados de satélite com levantamentos in situ. Os resultados deste artigo podem ser uma ferramenta importante para a conservação, especialmente em países onde o financiamento para pesquisa é escasso”, destaca Audrey.

No momento, a pesquisa pretende testar metodologias utilizando ferramentas automatizadas que permitam a coleta sistemática e contínua de dados de distribuição dos cetáceos buscando fortalecer a gestão e manejo das espécies, especialmente em unidades de conservação. O grupo acredita que a possibilidade de monitoramento por meio de imagens de satélite de baixo custo e rápida disponibilidade será uma ferramenta de utilidade para ações de gestão e manejo em áreas marinhas protegidas e para pesquisas relacionadas ao uso de habitat e conservação de grandes baleias.

O professor João Quoos, que é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade de Santa Maria (UFSM) e integrante do Grupo de Pesquisa Patrimônio Natural, Geoconservação e Gestão da Água (Pangea), produziu um vídeo utilizando uma imagem da Agência Espacial Francesa (CNES)/Airbus, no qual ilustra a presença e proximidade de baleias francas na enseada de Ribanceira e Ibiraquera em Imbituba (SC), na Área de Proteção Ambiental (APA). No local, também foi possível identificar grupos da espécie que coincidem com os dados coletados a partir de sobrevoos do Instituto Australis. O vídeo pode ser visto aqui.

Entre 2017 e 2019, a equipe já havia desenvolvido uma pesquisa sobre o uso de imagens de satélite para localizar e quantificar grupos de baleias francas em uma área reprodutiva do Sul do Brasil.

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