Resgate e manejo sustentável de abelhas nativas (sem ferrão)

 


por Márcia Gilmara Marian Vieira | 03/07/2019

A criação de abelhas nativas tem se tornado uma atividade importante para a agricultura familiar como complemento de renda através da comercialização do mel, venda de colônias formadas através da criação racional e principalmente para a polinização de culturas.
Os meliponídeos, popularmente chamados de abelhas sem ferrão, abelhas nativas ou abelhas indígenas, são abelhas que vivem em colônias e caracterizam-se por não apresentar ferrão, podendo ser criadas em áreas rurais até mesmo no perímetro urbano, diferente da apicultura, criação de abelhas europeias, italianas ou africanizadas, que possuem ferrão (EPAGRI, 2017).
A Meliponicultura demonstra ser uma ferramenta interessante no processo de (re)construção de valores, pois visa aliar a criação das abelhas sem ferrão e o manejo de seus produtos, com a conservação do seu ambiente. Além de fornecer produtos apreciados pelas pessoas: mel, pólen, cerume e resinas (utilizados nos remédios caseiros, no complemento alimentar, na confecção dos artefatos e/ou como fonte de renda), as abelhas desempenham um importante papel dentro da cadeia trófica, sendo uma das principais responsáveis pela polinização, processo determinante na formação de frutos e sementes (KERR et al., 1996).
Devido a sua importância como agentes polinizadores, tanto de espécies de plantas nativas como de cultivadas, é importante a conscientização do produtor para que mantenha e preserve as abelhas sem ferrão que ainda estão em seu habitat natural em função das estreitas relações ecológicas que tornam plantas e polinizadores dependentes uns dos outros.
O manejo dessas abelhas pode ser um excelente lazer para adultos e crianças sem oferecer perigo. Além disso, elas podem ser utilizadas para aumentar a produção de maçãs em até 20%, laranjas 35%, pêssego 48%, soja 5%, entre outros cultivos. Além de servir como fonte de lazer, há muito que se estudar em relação aos constituintes nutricionais e farmacológicos.
O mel, pólen, geoprópolis e cera de abelha sem ferrão tem sido utilizados pelos índios e colonos no combate às doenças pulmonares, inapetência, infecção dos olhos e fortificantes. Além de ser adoçante natural e fonte de energia, o mel de abelhas nativas apresenta efeitos antibacteriano, antiinflamatório, analgésico, sedativo, expectorante, hiposensibilizador, bem como aumenta a resistencia do sistema imunolçogico, já no campo neuro-psíquico é favorável no tratamento da depressão e da insônia (SOUZA et al., 1986).

Referências:  
Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.30, n.3, set./dez. 2017

KERR, W.E.; CARVALHO, G.A. NASCIMENTO, V.A. Abelha uruçu: biologia, manejo e conservação. Paracatu, Fundação Acangaú,1996. 144p.

SOUZA, R. C. et al. Valor nutricional do mel e pólen de abelhas sem ferrão da região amazônica. Acta Amazonica, Petrópolis, v. 32, n. 2, p.333-336, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aa/v34n2/v34n2a20>. Acesso em: 29 maio 2019.

Objetivo

•   Resgatar os saberes populares;
•   Incentivar a criação sustentável de abelha nativas;
•   Discutir a importância das abelhas nativas na preservação da biodiversidade de espécies florestais;
•   Motivar e dar suporte aos participantes para iniciarem o manejo de abelhas nativas em suas propriedades com o objetivo de aumentar a produção agroecológica;  
•   Integrar o ensino e extensão.  

Programação

Data: 02/07/2019 – Quarta-feira
Horário: Das 13:30 as 18:30
Local: Rua João Gottardi, nº 173, Bairro Espinheiros – Itajaí / Santa Catarina
Temática: Criação racional de abelhas nativas.

  • 13:30h – Recepção dos convidados e participantes;
    14:00h –  Dinâmica de acolhimento com Criso Dagnoni;
    14:15h – Apresentação dos palestrantes pela coordenadora do Projeto de Extensão profa. Dra. Márcia Gilmara Marian Vieira;
    14:20h – Roda de conversa sobre meios de criação, proteção e conservação das abelhas nativas sem ferrão, conhecidas como Meliponas.
    15:30h – Atividade pratica: Preparação de iscas para capturas de enxames;
    17:00h - Socialização com Coffee Break Solidário;
    18:30h – Encerramento;

O cronograma pode sofrer alterações devido a condições climáticas ou adversas, porém, será comunicado com aviso prévio aos participantes.

Ministrantes

Coordenadora do Projeto: Márcia Gilmara Marian Vieira

  • Breve apresentação: Graduada como Bacharel em Quimica pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (1994), mestre em Química Orgânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996), doutora em Química Orgânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e Realizando o curso de Pós-doutoramento em Agroecologia e Paisagismo, com o projeto intitulado:  “AGROECOLOGIA E PAISAGISMO: ABORDAGEM TEÓRICA E METODOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS NOVAS RURALIDADES” na Instituição  da Universidade Passo Fundo - UPF, Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro), Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, sob a supervisão da Dra. Cláudia Petry.  O objetivo principal da pesquisa será consolidar a compreensão sobre Agroecologia e o Paisagismo, agregando conhecimentos sobre o processo de transição para a produção orgânica, conhecer as ruralidades, analisar práticas tradicionais de manejo da paisagem e identificar potenciais paisagísticos integrando-os ao referencial teórico e metodológico dos estudos de extensão e comunicação rural. É docente dos cursos de graduação de Ciências Biológicas, Engenharia Civil da Universidade do Vale do Itajaí. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Ambiental, atuando principalmente no seguinte tema: Metodologia AOX para Análise Ambiental e Saúde Ambiental em empreendimentos agroecológicos como uma ferramenta promotora da saúde. Orienta pesquisas de Iniciação Científica, trabalhos de conclusão de curso e dissertação de mestrado. No curso de Ciências Biológicas, atua na linha de pesquisa Saúde da Família na Perspectiva Interdisciplinar com foco no Meio Ambiente, Qualidade de Vida, Bem Estar, Agroecologia. Atualmente, é coordenadora do projeto de extensão Educação para Transformação: Meio ambiente, saúde e gênero cujo objetivo é promover educação popular em saúde, meio ambiente, e relações de gênero para o desenvolvimento social, econômico e ambiental da agricultura familiar estimulando a participação cidadã como estratégia de mudança e autonomia.

Facilitadores:     

  • Claudinei Fernandes Venancio

Breve apresentação: Possui ampla experiencia na criação e manejo de abelhas africanas e nativas (sem ferrão). Atualmente é presidente dos Meliponicultores da Associação de Apicultores de Botuverá (APIBO) e vice-presidente dos Meliponicultores do Vale e proprietário do Meliponário JC, é produtor e comercializa mel, própolis, cera, atrativos, abelhas rainhas e enxames de diversas espécies.

  • Edegar Becker

Breve apresentação: Extensionista Rural da Epagri, atuando na área de assistência técnica aos produtores rurais, sendo a principal atividade voltada a apicultura e meliponicultura.

Informações Adicionais

Data: 03/07/2019
Horário: 13:30 às 18:30
Local: Rua João Gottardi, nº 173, Bairro Espinheiros - Itajaí/SC
Valor: Isento

Mais Informações

Responsável: Márcia Gilmara Marian Vieira
E-mail: mmarian@univali.br

REGRAS PARA INSCRIÇÃO E CERTIFICAÇÃO

REGRAS PARA INSCRIÇÃO E CERTIFICAÇÃO:

(As regras abaixo serão aplicáveis a todos eventos (salvo casos excepcionais).

1 – PRORROGAÇÃO DAS INSCRIÇÕES: A organização reserva-se o direito de prorrogar as inscrições caso haja vagas disponíveis, bem como poderá alterar a data do evento por motivo de forma maior, com nova data a ser definida pela organização e comunicada aos inscritos, via e-mail. Neste caso, se o inscrito não puder participar das atividades na nova data, deverá comunicar, imediatamente, via e-mail, a organização do evento, podendo ser integralmente reembolsado, conforme descrito no item 4.
2 – CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO/DESISTÊNCIA: O inscrito poderá requerer o cancelamento de inscrição, via e-mail, com direito à devolução de: a) 100% (cem por cento) do valor pago, desde que o faça até 7 úteis antes da data de início do evento, b) 80% (setenta por cento) do valor da inscrição, desde que o faça no prazo compreendido entre 6 (dias) e 1 (um) dia antes do evento.
 2.1 – O inscrito que não comunicar sua desistência e/ou não solicitar o cancelamento de sua inscrição no prazo acima mencionado NÃO terá direito ao reembolso e assume a obrigação de efetuar o pagamento do valor integral previsto no ato da inscrição.
2.2 – Não há a possibilidade de trancamento de matrícula no evento contratado.
3 – CANCELAMENTO DO EVENTO: Caso não haja a quantidade mínima de inscritos ou ocorra algum contratempo de força maior que inviabilize a realização do evento, o mesmo será CANCELADO. O aviso aos inscritos será através do e-mail cadastrado no ato da inscrição e o reembolso será efetuado integralmente, de acordo com o item 4.
4 – REEMBOLSO: Será concedido reembolso aos inscritos somente nos casos previstos nos itens 1, 2 e 3.
4.1 – Pagamentos via boleto bancário: o prazo para reembolso é de até 30 dias úteis após o envio dos dados bancários nominais e CPF, via e-mail, à organização do evento.
4.2 – Pagamentos via mensalidade da graduação/pós-graduação: o reembolso poderá ser feito como crédito em mensalidade ou via depósito bancário. O crédito em mensalidade ocorre em até 15 dias úteis e o inscrito deverá encaminhar (por e-mail) o código de pessoa e o nome completo para que o mesmo seja realizado. O prazo para reembolso via depósito é de até 30 dias úteis após o pagamento da inscrição e mediante envio para a organização (por e-mail) dos dados bancários nominais, CPF e comprovante de pagamento do boleto (caso ainda não tenha sido feita a baixa bancária).
4.3 – Pagamentos via cartão de crédito: o prazo para reembolso será de até 30 dias úteis após envio para a organização (por e-mail) dos dados bancários nominais e CPF. O reembolso será feito por depósito bancário, em parcela única. Não será realizado estorno no cartão de crédito do inscrito.
5 – CERTIFICAÇÃO: terá direito ao Certificado o inscrito que frequentar às atividades previstas no evento. O pagamento da inscrição no evento, por si só, não dá direito ao recebimento de certificado de participação.
5.1 Confirmação de presença:  O inscrito deverá estar atento à forma de confirmação de presença no evento e/ou nas atividades que compõem o mesmo (leitor de código de barras, listas de presença ou outro método adotado pela organização do evento), pois sem a confirmação de presença feita pela coordenação do evento, a mesma reserva-se o direito de não emitir o certificado de participação ao inscrito.
5.2 – Certificados online: O Certificado, fornecido em formato online, estará à disposição dos participantes em até 60 dias após a data de término do evento, sendo a confirmação das frequências de responsabilidade dos organizadores das atividades. O participante será avisado via e-mail com as devidas instruções para impressão do mesmo. O inscrito poderá consultar seus certificados no site www.univali.br/elis.
5.3 – Certificado para autores/apresentadores de trabalho: A coordenação do evento poderá emitir certificação diferenciada para autores e apresentadores de trabalho. Os certificados de apresentação serão fornecidos somente às pessoas que procederem a apresentação presencial (oral, pôster ou de outra forma designada pelo evento). Os demais autores do trabalho receberão certificação como autores (ou coautores).
Ao finalizar o processo de inscrição, o inscrito afirma que aceitou todos os termos e está ciente das informações e condições estipuladas pela coordenação do evento.




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